Crianças doentes? Não! Especiais.

Hoje eu e os adolescentes da igreja fomos até um orfanato de crianças especiais. Vou ser sincera que eu fiquei com receio de ir até lá. Fiquei com medo de ter dó das crianças, medo de não souber dar carinho e atenção a elas pelo fato delas serem especiais.

Logo que cheguei lá, veio um menino correndo ao meu encontro para me abraçar, seu nome é Eliseu. Eu fiquei maravilhada com a forma que ele veio me abraçar mesmo sem me conhecer. É nessas horas que a gente vê a inocência das crianças, a inocência daqueles que não vêem a nossa aparência, que não vêem se a gente tem dinheiro, ou amigos. Eles só vêem você com a intenção de te dar e receber carinho. Pelo menos as crianças que eu conheci hoje eram assim, ok?! Pois é... Se eu pudesse, teria trazido o Eliseu pra casa.

Muita gente pensa que as crianças especiais são babonas, mal-educadas e nojentas. Mas elas não são! Elas não são doentes, só tem algumas imperfeições, aparentemente falando. Afinal, quem é perfeito? Eu vejo muita gente bonita, mas que não tem um coração que se compare ao daquelas crianças. Entende?

Você que nunca foi a um orfanato, a um azilo e etc, saiba que são coisas que serão acrescentadas à sua experiência de vida. Eu nunca aprendi tanto na vida como aprendi na minha ida às ruas de madrugada e ao orfanato. Meu próximo destino será o leproasário, e se Deus quiser, também irei ao Azilo.

É só vendo algo diferente do que estamos acostumados para saber como a vida realmente é.

Priscila Argolo